Novo filme do Super-Homem faz proselitismo cristão



É um pássaro? Não! É um avião? Não! É o Super-Homem fazendo proselitismo religioso, em um filme recheado de referências cristãs.

Em uma cena do Man of Steel, que acaba de estrear nos Estados Unidos e outros países, o homem de aço (interpretado Henry Cavill) paira no ar com os braços abertos, em forma de crucifixo.

Como Cristo, o Super-homem, que nasceu em uma espécie de estábulo, foi mandado à Terra pelo seu pai para salvar a humanidade. Jor-El (Russell Crowe), pai biológico do Super-Homem, comenta: “Você [o filho] pode salvá-los a todos.”

Ao enviar o seu filho-bebê para a Terra, Jor-El diz a sua mulher: “Ele vai ser um deus para eles [terráqueos].”

Há uma citação à idade do herói — 33 anos, a mesma da época em que Cristo teria sido crucificado. Ambos foram traídos por dinheiro. O agricultor e pai adotivo (Kevin Costner) do salvador de aço é uma pessoa humilde, como José, pai adotivo de Jesus.

Diante de dificuldades, Clark Kent (que seria o lado não violento do Super-homem) pede conselho de um padre, tendo no cenário, ao fundo, uma pintura de Jesus.

Em algumas cenas, Super-Homem está de barbas. O herói, ao se entregar ao vilão Zod, se mostra disposto a se sacrificar para salvar a humanidade da aniquilação.

O diretor Zack Snyder e Henry Cavill, em uma entrevista, negaram que o filme tenha se inspirado na história de Jesus. Mas eles não convencem porque o departamento de marketing da Warner Bros, o estúdio que produziu o filme, já tinha enviado a grupos católicos trailers para orientar padres nas missas. Há, inclusive, a sugestão de um sermão de nove páginas com base no filme.

A religião já está na origem da criação do personagem de quadrinhos. Concebido em 1938 nos Estados Unidos por dois imigrantes judeus — Jerry Siegel e Joe Shster —, o Super-Homem, na interpretação de alguns críticos, é uma alusão à fé judaica.

Pode-se afirmar, portanto, que o homem de aço nasceu judeu e agora se converteu ao cristianismo, o que, para o estúdio, tem sido bom negócio.

Em sua primeira semana de exibição, o filme rendeu perto de US$ 200 milhões, o equivalente a R$ 447,240 milhões.

Personagem agora  'cristão' nasceu judeu


CRÉDITOS - PAULOPES

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